Este passeio ocorreu numa quente mas agradável manhã de Abril.
O grupo, organizado e com guia, iniciou o percurso por volta das 09:30. O percurso de dificuldade média, de cariz circular com cerca de 12 km, durou cerca de 3 horas (contando as paragens para fotografias, explicações em locais de interesse e claro para o já famoso chá com bolo oferecido pelos organizadores.
Este passeio iniciou-se junto ao Parque de Campismo de São Martinho do Porto, povoação costeira conhecida como a "concha do Oeste"devido à sua Baía.
Seguimos em direcção a Salir do Porto pela beira mar percorrendo o extenso passadiço de madeira que contorna o areal de areias finas e brancas.
Atravessámos o Rio Tornada ou Salir e encaminhamo-nos para o sopé de uma imensa duna. Percorremos um pequeno trilho que contorna a duna até ao topo, evitando assim pisar e danificar a mesma.
Rumamos a norte seguindo a margem esquerda do rio em direcção às ruínas da Alfandega.
Aqui funcionou uma Alfândega que servia todo o concelho e na qual eram reparados e construídos barcos, com madeiras provenientes do Pinhal de Leiria.Rezam velhas lendas que aqui terão sido construídos alguns dos barcos que participaram na Campanha das Índias de Vasco da Gama e que aqui teria sido construída e abençoada a Nau São Gabriel. Hoje só estão de pé as velhas paredes, cada vez mais ameaçadas pela erosão causada pela água.
Junto destas ruínas existe uma nascente de água doce, chamada de Pocinha de Salir.
A Pocinha é uma fonte de água doce que nasce misteriosamente perto da água salgada (há quem diga que nasce nas grutas!) e com grande fluxo.
Continuamos a subir rumo às ruínas da Capela da Senhora Sant'Ana, habitualmente chamada de “capelinha” foi erigida na ponta mais afastada de Salir, no cimo da barra que serve de entrada à baía. O seu objectivo era o de abençoar os barcos que partiam de viagem. A vista desde este ponto é fantástica e merece uns segundos de contemplação!
Seguimos caminho, admirando as vistas magnificas, o mar azul, a vegetação florida e até flores selvagens, como umas orquídeas minúsculas em forma de insecto (forma de atrair as abelhas e permitir o processo de polinização)
Seguimos o nosso caminho, rumo a um dos pontos mais altos do percurso, um monte onde existe um cruzeiro (cujo nome não sei) de onde se avistam duas coisas maravilhosas:
- De um lado o Monte do Castelo onde se vislumbram vestígios de uma fortificação em forma de estrela, que serviria de vigia e onde segundo alguns historiadores existia uma forca. Destas rúinas contam-se muitas histórias que vão desde pertencerem a um castelo até existirem tesouros escondidos nos túneis que as ligam a vários pontos da população.
Verdade ou não... nunca saberemos :)
- Do outro uma vista panorâmica da maravilhosa Baía em todo o seu esplendor.
E começamos a descida rumo a Salir, onde passamos junto da Igreja Matriz, que tendo uma fachada singela apresenta um interior bastante interessante.
E voltámos ao ponto de partida, percorrendo uma vez mais os passadiços de volta a São Martinho.
Um percurso com paisagens deslumbrantes, como o mar como pano de fundo, com interesse histórico e natural.
Vale a pena conhecer melhor esta nossa "Concha do Oeste".
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