Caminhada solidária...surpresa

O que começou por ser uma simples caminhada solidária, com o objectivo de angariar alguns fundos para a corporação de Bombeiros de Pataias, acabou por se tornar numa bela manhã, cheia de surpresas interessantes, num percurso bonito e cheio de pontos de interesse.

Percurso com guia, circular, com cerca de 12kms.

Iniciou-se o percurso no quartel dos Bombeiros de Pataias, cruzámos a estrada nacional e entrámos em terrenos privados, neste caso de uma empresa, que simpaticamente permitiu a passagem de um grupo de cerca de 200 pessoas não só pelos seus terrenos, mas também pelo exterior das suas instalações. 

Dentro do perímetro da Cibra, empresa do grupo Secil, com a particularidade de ser a única em Portugal a produzir cimento branco, conseguido a partir da exploração de jazidas de calcário branco, pudemos observar os enormes tapetes que transportam a matéria prima até à fábrica, percurso antes percorrido em vagons aéreos que funcionavam como uma espécie de teleférico.


Mais adiante entrámos no perímetro fabril e pudemos observar as enormes torres e estruturas que constituem esta unidade.



Mais adiante pudemos observar o local onde os camiões são carregados com recurso a mangas e também a zona onde o material pronto a expedir está armazenado.
Já na saída pudemos observar algumas esculturas decorativas, bem como o edifício da Fundação Joaquim Matias, assim chamada em homenagem ao fundador desta unidade fabril inaugurada em 1950.


Saímos das instalações, pelo local por onde habitualmente se entra e deparamo-nos com uma homenagem ao fundador. Atravessamos a rua e fazemos uma pequena pausa junto ao antigo cinema, que hoje ainda funciona como sala de espectáculos e percebemos que ali para além do cinema, existia um posto médico, um bairro residencial para os funcionários da cimenteira, um bairro residencial para os funcionários de duas vidreiras que ali existiram, nas que encerraram à muito, uma padaria e todos as comodidades que à época permitiam a fixação dos operários junto às indústrias.

 




Seguimos por um caminho que entra na mata e que nos leva à descoberta de outro pequeno tesouro: dois antigos fornos de cal. Segue-se uma breve explicação sobre a existência em tempos de cerca de 30 fornos de cal em Pataias, sendo que muitos foram destruídos, outros estão ocultos por edificações mais recentes e apenas meia dúzia deles ainda está "apresentável", sendo que o último forno encerrou a sua actividade em 1995. A altura média dos fornos de cal de Pataias oscila entre os 4,5 e 6 metros. A largura da base situa-se entre os 3,7 e os 4,6 metros.
         


                  




Seguimos caminho até ao centro da povoação, passamos junto à Igreja dedicada a Nossa Senhora da Esperança inaugurada em 1952 e que veio substituir um antigo tempo, que se supõe ter sido edificado no século XVI e demolido em 1948. No interior da Igreja pode ver-se uma Via Sacra composta por painéis de azulejo dos anos 50.
 

No centro da povoação pode ver-se e usufruir-se de um jardim onde se destacam o coreto e o fontanário.
Rumamos então à Lagoa de Pataias, que surpreende com o seu parque de merendas, a sua vegetação frondosa e os seus passadiços de madeira a rodear a Lagoa. Aqui podemos apreciar a fauna e a flora, ilhas de nenúfares, patos bravos, aves migratórias, pinheiros, chorões, etc. Um local que merece sem dúvida um passeio pelas suas margens, um piquenique ou uma tarde de leitura com vista para um espelho de água sereno e tranquilo.

















Apreciando o pinhal e a sua vegetação rasteira, voltamos ao ponto de partida, dando por terminado um passeio cheio de interesse e de imagens que perduram na memória, lembrando que temos de voltar e descobrir mais...

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