Este fim de semana optou-se por uma voltinha caseira... ou seja um percurso na cidade embora muitas vezes não tenha parecido...
E sim... não é impressão de vista... os primeiros degraus estão mesmo inclinados...
Até encontrei umas flores giríssimas que combinavam com a roupa... :)
Arte urbana na lateral de um edificio circundante do Jardim da Vala Real...
Ponte sobre o rio Lis, engalanada para a Feira Medieval, com o Castelo ao fundo...
Por vezes é bom olhar em volta, explorar o que nos rodeia diariamente, descobrir coisas que nos passam despercebidas no dia a dia... e isto não quer dizer facilitismos, nada disso.
Assim a voltinha de hoje teve 8,450km e decorreu ao longo de 01h28, claro que teria de haver algum ponto desafiante ou não faria sentido, por isso os ponto altos (literalmente) foram a subida à capela de Nossa Senhora da Encarnação e a subida da vulgarmente conhecida como Calçada do Bravo.
O percurso iniciou-se junto à Subestação da EDP Andrinos, daí descemos rumo ao Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus, descemos as escadas e rumamos ao Centro Comercial das Olhalvas, dai rumamos à Capela de Nossa Senhora da Encarnação.
Este santuário foi construído no Monte de São Gabriel, sobre uma ermida com o mesmo nome. Segundo a lenda a igreja foi construída porque em 1588 uma mulher inválida, de nome Susana Dias, foi levada para a ermida lá existente, tendo-se levantado e começado a andar assim que entrou nela. A população imediatamente juntou-se para aumentar a ermida para a capela que actualmente existe.
A igreja é acessível de automóvel, mas podemos optar pela escadaria de arte barroca, construída no século XVIII a mando do bispo bispo D. Frei Miguel de Bulhões e Sousa, com 162 degraus. No topo desta, num dos quais se encontra uma imagem quinhentista de São Miguel.
A igreja é rodeada por uma galilé de 12 arcos, e a entrada apresenta um frontal com uma escultura quinhentista de S. Gabriel. No tímpano da porta principal encontrava-se uma escultura de faiança da padroeira. Anexo ao santuário existe ainda uma sala onde estão guardados ex-votos e pinturas dedicadas à padroeira
Depois de contemplar a cidade que se espraia lá em baixo, o castelo que espreita no alto de um monte vizinho e a serenidade que envolve este lugar, começamos a descida...
Daqui tomamos a direcção da Vala Real... e apreciamos o que nos rodeia, seja arte urbana, seja património edificado...
Ponte Hintze Ribeiro, numa perspectiva pouco conhecida no dia a dia...
A Famosa Fonte das Três Bicas ou Fonte das Carrancas, datada do Séc. XVII situa-se perto da Igreja do Espírito Santo. É uma fonte Barroca, com uma bacia central onde a água corre das três carrancas e dois bebedouros para animais...
Daqui seguimos para o Jardim Luís de Camões, vestido a rigor para a Feira Medieval que decorre este fim de semana.
Memorial aos Combatentes da Guerra Ultramarina, que passa quase despercebido...
Subimos e percorremos uma parte do Parque Municipal Tenente Coronel Jaime Filipe da Fonseca, mais conhecido por Parque do Avião devido ao Beechcraft C-45/D-18S, considerado um clássico da aviação oferecido há alguns anos pela Base Aérea Nº 5.
Daqui seguimos novamente pelo Jardim da Vala Real e paramos um pouco para apreciar as quedas de água situadas na zona da Ponte dos Caniços... o som da água a cair, a vegetação, as rochas e a serenidade fazem-nos por momentos esquecer que estamos em plena cidade...um daqueles encantos que não temos tempo para apreciar a menos que nos disponhamos a isso... e a meu ver vale a pena...
Depois é subir desde a Rotunda das Olhalvas até ao ponto de partida...nada melhor que uma subidinha para "aquecer" o fim do percurso.
Uma manhã descontraída, fresca e relaxante... um passeio a considerar de entre os muitos que esta cidade oferece...
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